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Foto: Divulgação/G37 |
O aumento de crimes violentos em Santo Antônio dos Campos (Ermida) obrigou a Polícia Militar (PM) a trocar o horário de policiamento no bairro. Os militares permaneciam em patrulha pelo bairro somente até às 23h e, após esse horário, eram os policiais que atendem à região do São José que davam apoio aos moradores de Ermida. Em reunião com a comunidade, os policiais optaram por realizar patrulhas e operações durante a madrugada para aumentar a segurança e evitar que criminosos aproveitem a tranquilidade noturna para praticar crimes.
O bairro, que era conhecido por ser pacato, passou a registrar ocorrências de repercussão social, como a morte de uma senhora de 67 anos, que foi atropelada por três suspeitos que fugiam da polícia em um veículo roubado. Outra idosa, de 74 anos, também ficou ferida. O crime, que aconteceu em julho deste ano, chamou a atenção da população quanto à segurança da região e os moradores foram para as ruas protestar. O clamor foi ouvido e o Capitão Robson Freitas, que é responsável pelos militares do bairro, se reuniu com os moradores e optou pela troca do horário das patrulhas.
“Em julho e em agosto, tivemos certo aumento de crimes no bairro, mas olhando proporcionalmente em relação a outros bairros, esse aumento não foi tão significativo. Apesar disso, fizemos reuniões com a comunidade e modificamos a estratégia de policiamento”, explicou o capitão.
Na época, o efetivo estava reduzido, devido às férias e problemas de saúde de alguns policiais que trabalham exclusivamente no bairro. Com a nova estratégia, as patrulhas passaram a ser realizadas durante a madrugada e em dias alternados.
“Passamos a lançar, não com uma frequência correta, policiamento até uma hora da manhã, às vezes até duas, quatro, ou a noite toda. Passamos a alternar para recobrir todos os horários”, disse.
LIGAÇÕES
Atualmente, Ermida é o único bairro da cidade que conta com sete policiais exclusivos, que atuam nos registros de ocorrências e em patrulhamento pela região, além de apoio do efetivo que abrange a área central de Divinópolis. O bairro também conta com um subdestacamento que é usado como ponto de apoio para os militares e um aparelho celular que fica na viatura. Esse celular, apesar de ser usado para contato do solicitante, o capitão explica que não é o número oficial da PM e que, em casos de emergência, é necessário acionar o 190, uma vez que o aparelho celular nem sempre está disponível.
“Muitas vezes os policiais estão atendendo ocorrência em área rural, ou em alguma área que não tem cobertura, o celular não vai funcionar. O número que funciona sempre é o 190. Caso a viatura do bairro esteja atendendo alguma ocorrência e outra pessoa precisou de atendimento com urgência, vai ser mandada uma viatura de Divinópolis para o registro”, explicou o delegado.
Um morador do bairro, que preferiu não se identificar, contou à reportagem que já teve problemas ao tentar registrar uma ocorrência durante a noite. O rapaz ligou várias vezes para o telefone celular, mas as ligações não foram atendidas. Ao entrar em contato com o 190, foi orientado a retornar as ligações para os militares de Ermida. No fim, viaturas de Divinópolis foram deslocadas, atrasando por duas horas o registro.
“O que pode ser feito é reforçar a orientação dos militares do Copom (Central de Operações Polícia Militar) no sentido de que o solicitante pode fazer contato pelo celular, mas no caso de não estar disponível, é o 190 que fica responsável pelo chamado”, afirmou.
ROTA DE FUGA
Após a morte da idosa, os moradores levantaram um questionamento em relação ao bairro ser usado como rota de fuga. Como Ermida é caminho de várias comunidades rurais e muitas delas dão acesso a rodovias, os moradores acreditam que o local tem chamado a atenção de criminosos que estejam em fuga, mas, para a PM, “Ermida não é diferente dos restantes dos bairros, não tendo destaque específico, mas apesar disso, operações estão sendo realizadas constantemente em vias que dão acesso à região e quando os militares têm ciência de algum crime em cidades próximas e que os suspeitos estão deslocando em direção à Ermida, é realizado cerco e bloqueio para proteger a comunidade”.
FECHAMENTO SUBDESTACAMENTO
Em março deste ano, o Comando Geral da Polícia Militar sugeriu o fechamento do subdestacamento de Ermida para tentar centralizar o policiamento. Após pesquisa realizada pelos próprios militares que atuam no local, o Comando decidiu manter a unidade em funcionamento.
O bairro, que era conhecido por ser pacato, passou a registrar ocorrências de repercussão social, como a morte de uma senhora de 67 anos, que foi atropelada por três suspeitos que fugiam da polícia em um veículo roubado. Outra idosa, de 74 anos, também ficou ferida. O crime, que aconteceu em julho deste ano, chamou a atenção da população quanto à segurança da região e os moradores foram para as ruas protestar. O clamor foi ouvido e o Capitão Robson Freitas, que é responsável pelos militares do bairro, se reuniu com os moradores e optou pela troca do horário das patrulhas.
“Em julho e em agosto, tivemos certo aumento de crimes no bairro, mas olhando proporcionalmente em relação a outros bairros, esse aumento não foi tão significativo. Apesar disso, fizemos reuniões com a comunidade e modificamos a estratégia de policiamento”, explicou o capitão.
Na época, o efetivo estava reduzido, devido às férias e problemas de saúde de alguns policiais que trabalham exclusivamente no bairro. Com a nova estratégia, as patrulhas passaram a ser realizadas durante a madrugada e em dias alternados.
“Passamos a lançar, não com uma frequência correta, policiamento até uma hora da manhã, às vezes até duas, quatro, ou a noite toda. Passamos a alternar para recobrir todos os horários”, disse.
LIGAÇÕES
Atualmente, Ermida é o único bairro da cidade que conta com sete policiais exclusivos, que atuam nos registros de ocorrências e em patrulhamento pela região, além de apoio do efetivo que abrange a área central de Divinópolis. O bairro também conta com um subdestacamento que é usado como ponto de apoio para os militares e um aparelho celular que fica na viatura. Esse celular, apesar de ser usado para contato do solicitante, o capitão explica que não é o número oficial da PM e que, em casos de emergência, é necessário acionar o 190, uma vez que o aparelho celular nem sempre está disponível.
“Muitas vezes os policiais estão atendendo ocorrência em área rural, ou em alguma área que não tem cobertura, o celular não vai funcionar. O número que funciona sempre é o 190. Caso a viatura do bairro esteja atendendo alguma ocorrência e outra pessoa precisou de atendimento com urgência, vai ser mandada uma viatura de Divinópolis para o registro”, explicou o delegado.
Um morador do bairro, que preferiu não se identificar, contou à reportagem que já teve problemas ao tentar registrar uma ocorrência durante a noite. O rapaz ligou várias vezes para o telefone celular, mas as ligações não foram atendidas. Ao entrar em contato com o 190, foi orientado a retornar as ligações para os militares de Ermida. No fim, viaturas de Divinópolis foram deslocadas, atrasando por duas horas o registro.
“O que pode ser feito é reforçar a orientação dos militares do Copom (Central de Operações Polícia Militar) no sentido de que o solicitante pode fazer contato pelo celular, mas no caso de não estar disponível, é o 190 que fica responsável pelo chamado”, afirmou.
ROTA DE FUGA
Após a morte da idosa, os moradores levantaram um questionamento em relação ao bairro ser usado como rota de fuga. Como Ermida é caminho de várias comunidades rurais e muitas delas dão acesso a rodovias, os moradores acreditam que o local tem chamado a atenção de criminosos que estejam em fuga, mas, para a PM, “Ermida não é diferente dos restantes dos bairros, não tendo destaque específico, mas apesar disso, operações estão sendo realizadas constantemente em vias que dão acesso à região e quando os militares têm ciência de algum crime em cidades próximas e que os suspeitos estão deslocando em direção à Ermida, é realizado cerco e bloqueio para proteger a comunidade”.
FECHAMENTO SUBDESTACAMENTO
Em março deste ano, o Comando Geral da Polícia Militar sugeriu o fechamento do subdestacamento de Ermida para tentar centralizar o policiamento. Após pesquisa realizada pelos próprios militares que atuam no local, o Comando decidiu manter a unidade em funcionamento.

“Nós fizemos um estudo de situação demonstrando a necessidade da permanência e encaminhamos para o Comando Geral. Foi um esforço nosso. Fomos até, de certa forma, de encontro a essa política do comando visto essa necessidade. Hoje, pelo nosso comando, pelo comando do batalhão, nós vamos manter esse policiamento exclusivo em Ermida”, garantiu o capitão.
REDE DE COMERCIANTES PROTEGIDOS
Agora, a intenção é implantar a Rede de Comerciantes Protegidos, programa semelhante ao dos Vizinhos Protegidos, em que uma rede é criada para troca de informações sobre a segurança do bairro, integrando os comerciantes com a Polícia Militar.
“Ainda falta demanda. A rede deve reunir um número mínimo de pessoas, que receberão orientações e dicas através de reuniões, onde são passados métodos e, após treinamento, a rede é ativada, aumentando a segurança e otimizando os recursos humanos e logísticos, a fim de melhor empregar o policiamento na área comercial”, finalizou o capitão.
Fonte: G37 - Repórter Diego Henrique